Não Morra com a Música Dentro de Você

No ano de 2009, eu passei por uma fase que a maior parte das pessoas passa em algum ponto da vida. Me sentia perdida, desanimada, não gostava do meu trabalho, não tinha dinheiro suficiente para fazer as coisas que queria e, pior de tudo, não tinha a menor ideia do que faria da minha vida.  Não tinha nenhuma paixão e não conseguia encontrar nada no qual fosse realmente boa.   Sentada e chorando no chão da sala da minha casa, avaliei todas as decisões que tinha tomado até aquele momento e, diante da situação em que me encontrava, interpretei todas elas como erradas.  Loser – ou perdedora - por mais pesada que essa palavra possa soar, me definia naquele momento.  Pelo menos era assim que eu me sentia.

Muitas pessoas ao meu redor, com ótimas intenções e na tentativa de me consolar, me diziam que a vida é assim mesmo. Que pouquíssimas pessoas de fato encontram sua paixão e vivem uma vida com significado e propósito. Que a vida é dura e que trabalhar com o que se ama é para poucos, infelizmente. Fazer algo pelo qual se é apaixonado é praticamente uma benção reservada a poucos.

Há uma certa verdade aí, concordo. Poucas pessoas realmente vivem uma vida com propósito, fazendo o que amam, sentindo que contribuem para que o mundo seja de alguma forma melhor por estarem vivas e que honram suas qualidades e talentos expressando-as através do seu trabalho em forma de contribuição.  O que eu não concordava, de maneira nenhuma, é que eu teria que aceitar e me acomodar com essa ideia.  Para mim, isso era como me encolher mediocremente, deixando-me nivelar por aqueles cujas escolhas eu não admirava.  E cheguei à conclusão de que não conseguiria viver comigo mesma se não seguisse o meu coração que dizia que eu tinha, sim, um propósito e uma missão de vida a ser cumprida.

Naquele momento de auto empoderamento, uma das atitudes mais importantes que eu tomei, ainda que inconscientemente, foi deixar de fazer perguntas ou afirmações do tipo:

“Por que fui fazer aquela faculdade?”                                            

 “O que há de errado comigo?”

“Por que tomei essa ou aquela decisão?”

“Eu sou mesmo uma perdedora!”

Hoje eu sei que perguntas como essas nos mantém numa espiral descendente, acessando o banco de dados coletivo da consciência humana e todas as dúvidas, medos, reclamações e preocupações contidos nele.  Ao ficarmos presos em perguntas e afirmações que nos enfraquecem, nossa percepção da realidade se torna muito limitada. E com isso, acabamos despendendo toda a energia e tempo, que poderiam ser utilizados para abraçar uma nova meta ou visão para a nossa vida, reagindo às circunstâncias e tomando ações de sobrevivência, ou seja, ações que resolvem problemas e situações à medida que eles surgem.

Por outro lado, existem perguntas que nos fortalecem e nos aproximam de uma vida com mais propósito.  Existem ferramentas que, se utilizadas, nos direcionam para uma vida com mais significado.  Existe um caminho a ser trilhado que pode encurtar, e muito, nossa busca por uma vida com mais paixão, entusiasmo e senso de contribuição.

Tendo estudado o ser humano por muitos anos, sob diferentes aspectos e abordagens – espiritual, psicológico, comportamental, entre outros – cheguei à conclusão de que a maioria de nós vive um conflito muito grande:

“Eu sei que deve existir algo a mais do que essa vida que estou vivendo”

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O que a sociedade diz que é certo.

O caminho do coração, ou o caminho do guerreiro pacífico, como eu gosto de chama-lo, é aquele em que você segue sua paixão, aquilo que te faz feliz e não aquilo que está necessariamente de acordo com o que é esperado pela maioria, considerado certo ou seguro.  A escolha que você faz determina a vida que quer levar: uma em que se sente cheio(a) de vitalidade, entusiasmo e paixão por estar vivo(a), ou uma vida banal, robótica em que você apenas anda por aí como se estivesse no piloto automático.

Para se viver uma vida com propósito, é preciso quebrar algumas normas sociais, é viver uma vida que é autêntica para VOCÊ e não deixar que a filosofia de vida de uma outra pessoa dite e defina a maneira que você vai viver a sua.

Se me perguntarem qual das minhas qualidades eu mais gosto e me orgulho de possui-la, diria que é a ânsia de sempre querer me inspirar naqueles que eu admiro, naqueles que se destacaram na história da humanidade e que deixaram um legado e sua marca no mundo. Me inspiro nos homens e mulheres que tinham e tem uma visão que vai além deles mesmos, que acreditam que há uma razão e propósito para a existência de cada um de nós e que se dedicam para honrá-los. E foi justamente essa crença que me deu e continua me dando força interior para continuar mesmo nos momentos mais difíceis.

Não importa o quão velho você se ache, não importa se você tem uma condição física ou doença debilitantes, se teve uma origem muito humilde ou se falhou diversas vezes antes.  Em todas essas situações, espalhadas pelo mundo inteiro, encontramos pessoas que foram capazes de realizar feitos extraordinários.  No final, o que todas essas pessoas tinham em comum era o desejo por viver algo maior do que estavam vivendo naquele momento e a força de vontade, persistência e trabalho para realizá-lo.

 Se você também tem interesse em viver uma vida com paixão, entusiasmo e senso de contribuição, esse programa de coaching certamente é para você.