As cinco principais razões pelas quais as pessoas não vão atrás de seu propósito

Uma entre as inúmeras coisas que aprendi com o Dr. Joe Dispenza, especialista em mudança e no estudo do cérebro e uma das mentes mais brilhantes que tive a honra de conhecer, foi que o primeiro passo na construção de um novo eu, ou de uma nova realidade para a sua vida, é tornar-se familiarizado/a com o seu velho eu e todos os seus pensamentos, emoções e ações habituais.   Por que isso é tão importante?  Porque se não desconstruirmos o velho, qualquer circunstância externa poderá servir de gatilho para que voltemos a nos comportar inconscientemente e permitir que emoções e pensamentos antigos voltem a nos dominar.

Ao identificarmos quais são as crenças, pensamentos limitantes e gatilhos emocionais que geralmente nos tiram do controle, passamos a ter maior inteligência emocional para não reagir automaticamente quando situações que costumavam nos afetar voltarem a acontecer.

E o que isso tem a ver com propósito de vida?

Na verdade, a desconstrução do velho eu tem a ver com qualquer meta que você almeje alcançar. Porque são os nossos próprios pensamentos limitantes que nos impedem de dar passos na direção dos nossos sonhos.  Ao nos tornarmos cientes desses pensamentos, emoções e atitudes, estamos assumindo o controle da nossa vida e a direção que queremos dar a ela.

Enquanto estudava esse assunto para desenvolver o workshop e o programa de Coaching sobre propósito e missão de vida chamado “Não morra com a sua música dentro de você”, cheguei à conclusão de que existem 5 razões principais pelas quais as pessoas não vão atrás de seu propósito de vida.  E quando me perguntam qual o primeiro passo para encontrarem o delas, minha resposta é a seguinte:

“Primeiramente, o que lhe impede de ir atrás do seu propósito?”

É importante que você reconheça a razão principal por não ter feito isso até hoje.  E ao identificá-la, assuma o compromisso consigo mesmo/a de não deixar que ela volte a lhe impedir no futuro.

Razão #1: As pessoas não sabem que existe um propósito único para a existência de cada um de nós

Como posso ter tanta certeza de que todos temos um propósito de vida?  Primeiramente porque, tendo encontrado o meu e estudado inúmeras pessoas que também encontraram o delas, posso garantir que viver uma vida com propósito é a maneira mais gratificante de se viver.  Mas se a palavra propósito ou missão por acaso lhe incomodar, pode substituí-la por significado.  E viver uma vida com significado quer dizer viver uma vida que esteja de acordo com a sua essência, seus valores e aptidões.  Além disso, não consigo imaginar por que algumas pessoas teriam esse “privilégio” e outras não.

Acredito que cada desejo que vem do nosso coração de realizar algo que vai além de nós mesmos é um talento nato e único nosso tentando se expressar na forma de contribuição para o mundo.  O propósito, afinal, nada mais é do que a soma dos seus valores – ou seja, aquilo que é realmente importante para você; suas paixões – as coisas que você ama fazer e lhe enchem de entusiasmo; e seus talentos – as coisas nas quais você é realmente bom ou boa.

Se viver uma vida com propósito, ou com significado, é algo que faz sentido para você e ressoa com o que você tem no coração, livre-se de quaisquer dúvidas ou pensamentos limitantes que lhe digam que sua existência não tem importância e que você está aqui apenas como uma obra do acaso.
Cada um de nós, sem exceção, é parte essencial dessa teia chamada VIDA.

Razão #2: as pessoas se sentem culpadas por não serem felizes

Muitas pessoas têm um trabalho muito bem remunerado, são reconhecidas por serem bons profissionais pelos seus chefes, colegas e parceiros em geral, trabalham numa boa empresa ou têm o próprio negócio e, ainda assim, se sentem infelizes.  Por que?  Porque esse trabalho talvez não esteja de acordo com o seu propósito, ou seja, seus valores, suas paixões e seus talentos.

O que vejo acontecer, muitas vezes, é que, ao notar essa insatisfação, a pessoa passa a se culpar por não estar feliz mesmo tendo tantos motivos para ser.  Começa a se comparar com outras pessoas que têm trabalhos “piores” que o seu e que “dariam tudo” para ter esse emprego.  Essa comparação gera um sentimento profundo de culpa e ingratidão.

Não estou dizendo com isso que não devamos nos sentir gratos pelo emprego que temos.  Claro que devemos!  Mas isso não significa que devamos nos acomodar com um trabalho que não nos traz alegria e entusiasmo.  Se esse é o seu caso, perceba cada vez que um pensamento ou sentimento de culpa surgir.  Substitua-a pelo sentimento de gratidão por ter o emprego que tem.  Execute, então, cada ação pertinente a esse trabalho atual da seguinte maneira: com presença, alegria e excelência.
Em paralelo, comece a colocar mais atenção naquilo que realmente ama e se pergunte: como posso viver uma vida que esteja mais alinhada aos meus valores, paixões e talentos?
E, por último, mas não menos importante, tome uma ação, TODOS OS DIAS, na direção da vida que deseja.

Razão #3: medo

Ahhh, o medo!!!  Quem não o conhece?  A insegurança de trocar o conhecido pelo desconhecido, o certo e seguro pelo incerto e inseguro, é certamente um dos motivos mais comuns pelos quais as pessoas não vão atrás de seu propósito e missão de vida.  Aproveito a oportunidade para dividir a citação de uma das grandes personalidades da história da humanidade que tanto admiro, Nelson Mandela:
“Aprendi que coragem não é a ausência de medo. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que o domina.”

O medo será sempre um fator presente em nossa vida. Mas cheguei à conclusão de que, para se viver uma vida com propósito, ou seguir o caminho do guerreiro, como gosto de me referir, é preciso se perguntar: “O que eu faria se não tivesse medo?”.  E ao encontrar a sua resposta, é preciso então tomar atitudes, todos os dias, que lhe tirem da zona de conforto e lhe coloquem na direção dos seus sonhos pois nada pode deixar um gosto mais amargo na alma do que viver covardemente e em desacordo com a sua essência.

Razão #4: crenças disfuncionais

Crenças nada mais são do que programas que foram “colocados” na nossa mente ou experiências que tivemos que nos marcaram neurológica e emocionalmente.  São apenas percepções, limitantes ou não, sobre um determinado assunto ou situação.

Crenças disfuncionais comuns e que limitam muitas pessoas em suas buscas por uma vida com mais propósito são:

– “Se fiz essa faculdade, preciso trabalhar nessa área pelo resto da minha vida.  Não posso desperdiçar tantos anos de estudo e trabalho duro. “
Não?  Quem disse?  Por que escolher desperdiçar a vida inteira pela crença de que não pode desperdiçar quatro ou cinco anos de faculdade?  Suas escolhas do passado determinaram a vida que você está levando hoje.  Se não está feliz com a sua vida, por que continuar insistindo em algo que não lhe traz alegria e satisfação?  Por que não fazer escolhas diferentes agora para que seu futuro seja mais feliz e gratificante?  Todas as pessoas bem-sucedidas e FELIZES que você conhece trabalham em sua área de formação?  Vale a pena pesquisar.

– “Sou muito velho/a para encontrar o meu propósito e a missão da minha vida. “
Essa é um dos tipos de crença que mais drenam nossa energia vital.  E se ao invés de pensar assim, você pensasse:“Como posso fazer melhor uso dos últimos anos/ décadas da minha vida com o intuito de fazer o mundo melhor simplesmente porque estou aqui? ”  Ou…  “E se ao invés de passar o resto da sua vida como um observador passivo, eu resolvesse ter coragem de expor o meu melhor, minhas ideias, minhas paixões e meus valores sem medo de ser ignorado, humilhado ou ridicularizado e, assim, inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo? ”

“Se for bem-sucedido/a e alcançar um alto cargo e/ou um bom salário, serei feliz.“
Sucesso sem felicidade é insucesso.  Você pode ter um salário astronômico ou o cargo mais alto da empresa e ser reconhecido/a no mundo inteiro pelo que faz, mas se não gostar do seu trabalho, se não sentir que está de alguma forma contribuindo, muito provavelmente será infeliz.  Felicidade, na minha opinião, entra na lista de requisitos básicos para uma pessoa ser considerada bem-sucedida.

As crenças disfuncionais são as mais diversas e criativas e estão diretamente relacionadas às nossas experiências de vida, principalmente as da infância. Poderia citar inúmeras outras aqui mas tente encontrar as suas próprias.  Que histórias você conta na sua cabeça que separam você de seus sonhos?  Que preço você paga por acreditar nelas?  Vale a pena continuar acreditando?

Razão #5: preguiça e acomodação

As pessoas que não vão atrás do seu propósito por esse motivo, de preguiça e acomodação, geralmente especulam sobre a possibilidade de estarem aqui por um motivo maior do que a maneira que estão vivendo hoje, mas estão completamente imersas em suas zonas de conforto. Nessa categoria, encontram-se as pessoas que darão todos os tipos de explicação para não tomarem uma atitude: falta de dinheiro, falta de apoio, falta de tempo, falta de ânimo, falta de algo…

Como diz o Dr. Joe, são pessoas que pensam da mesma maneira todos os dias, cultivam exatamente as mesmas emoções e atitudes e, ainda assim, esperam secretamente que suas vidas mudem.
Se esse é o seu caso, sugiro que assuma o compromisso consigo mesmo/a de todos os dias, TODOS OS DIAS, sem exceção, fazer uma pequena ação, de cinco minutos que seja, que lhe coloque na direção de uma vida com mais significado.  Pode ser enviar uma proposta, fazer uma pesquisa ou uma ligação que vem adiando, uma leitura, assistir um vídeo, enfrentar um pequeno (ou grande) medo, experimentar algo completamente novo, enfim, qualquer coisa…  O que importa aqui não é o tamanho da ação, mas sim o comprometimento de não se manter no mesmo lugar todos os dias.

Essas são as cinco principais razões que eu encontrei pelas quais as pessoas se mantém reféns de um estilo de vida que não está alinhado ao seu maior potencial como ser humano.  A saída para isso inclui dois itens muito simples, mas essenciais: consciência e ação.
Reflita sobre qual é a sua razão para não estar saindo do lugar e, ao encontrá-la, comprometa-se a fazer algo diferente diariamente.  Acredito que são as pequenas escolhas que fazemos todos os dias que nos engrandecem como ser humano ou deixam um gosto amargo de fracasso na nossa alma.
E se há algo que eu aprendi durante a minha trajetória de busca pelo meu propósito de vida, é o seguinte: ninguém virá nos resgatar de uma vida que não nos preenche.   Cabe, única e exclusivamente, a cada um de nós escolher viver nos encolhendo com medo do desconhecido ou enfrentá-lo bravamente.  Só há uma alternativa para quem quer viver de maneira grandiosa.

E a escolha é sempre nossa!

 

 

Para maiores informações sobre o processo de coaching direcionado a propósito de vida, acesse:
http://lysianefonseca.com.br/nao-morra-com-a-musica-dentro-de-voce/

 

Comments 6

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  1. Eu acredito que a principal delas, é o medo. O medo é sorrateiro, envolvente e sedutor. É preciso vencer a barreira da insegurança, para enxergar que a mudança pode ser mais benéfica que o estado de inércia…. dilemas difíceis, porém possíveis.
    Que bom que você pode nos ajudar com isso! Parabéns por se dedicar à esta profissão.

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      Oi, Lê!
      Concordo com você. O medo muitas vezes vem disfarçado.
      Mas no fundo, no fundo, sabemos que é ele que nos impede de mudar. Outro dia li num livro que a única coisa que diminui ao nos aproximarmos dela é o medo. Todas as outras coisas, à medida que chegamos mais perto, aumentam.
      Só uma forma de dominar o medo, enfrentando-o.
      Assista essa parte do discurso do Jim Carrey sobre medo. Achei demais!
      https://www.youtube.com/watch?v=VeRWx96U12A
      Beijão e obrigada pelo comentário!

  2. Brilhante explanação, Lysiane!!! Parabéns!! Que você continue esse caminho, pois tem reais constatação dos motivos que nos levam a paralizarmo-nos. O caminho só se aprende caminhando!!!E, em tudo, buscar a força Vital de que somos depositários!! Beijos, querida sobrinha, Lysiane!!.(nome certo, rsrsrs)

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